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Bem Vindo! Benvenuto! Estamos resgatando a história dos primeiros imigrantes italianos de cognome Zorzenon a pisarem em solo brasileiro em 1910. Este Blog se destina a todos os filhos, filhas, netos,netas, bisnetos e bisnetas assim como aos genros e noras que contrairam matrimonio com os descendentes dos imigrantes italianos procedentes da cidade de Aquileia que vieram para o Brasil afim de ajudar na construção de nossa Pátria. Principalmente os descendentes de Giovanni Zorzenon e Teresa Bass, que aqui chegaram em 1910. Entretanto, estaremos aberto a receber amigos cujas famílias vieram como imigrantes e de procedência daquela região. AQUILEIA: é uma comuna italiana da Região do Friulli-Venezia Giulia, província de Udine-Itália, com cerca de 3.330 habitantes e estende-se por uma área de 36 km2, fundada em 181 a.C.
www.aquileia.net

domingo, 25 de janeiro de 2009

O sobrenome familiar Zorzenon foi originário da Itália, e ainda nos dias de hoje o encontramos distribuídos por diversas regiões italianas, como podemos verificar no mapa abaixo. Este mapa foi feito com base em listas telefônicas (ano base 2004), a legenda refere-se ao numero de assinantes encontrados, como normalmente um telefone que é utilizado por diversas pessoas está registrado apenas no nome de uma delas concluímos que o mapa no da uma visão aproximada da distribuição geral de pessoas com tal sobrenome nestas localidades.
A heráldica surgiu durante as Cruzadas e rapidamente se espalhou por toda a Europa, basicamente fora utilizada para identificar os soldados em batalhas campais já que os soldados não podiam ser reconhecidos apenas por suas armaduras e/ou elmos.

Porem somente após o século XII começou a obedecer a preceitos gerais, no século XIII a heráldica tornou-se tão popular que passou a existir como uma ciência a parte, na verdade a heráldica foi considerada como uma ciência e arte.

Os brasões não eram dados ao acaso para cada pessoa, inicialmente tiveram suas origens em atos de coragem e bravura efetuados por grandes cavaleiros, tendo sido uma forma de homenagear os lutadores e suas famílias, posteriormente, como era um forte ícone de status passou a ser conferido a famílias nobres a fim de identificar o grau social da mesma, em resumo, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal ícone e o poderiam transmitir as seus descendentes.

A palavra brasão vem do alemão arcaico Brazen e significa "tocar trombetas", de fato, os arautos antes de lerem os decretos tocavam trombetas com bandeirolas blasonadas para chamara atenção dos passantes.

Na idade média (476-1453), os heraldistas (heraldos) eram as pessoas que dirigiam os torneios e examinavam a qualidade dos cavaleiros que, por sua vez, usavam o brasão de armas no qual figuravam os símbolos de sua nobreza.

Portanto, o brasão era, para os antigos da Idade Média, a insígnia, a bandeira da família e, como tal, honrado e transmitido de pai para filho.

O brasão é uma insígnia ou distintivo de pessoa ou família nobre conferido, em regra, pôr grande merecimento.

Para o sobrenome familiar Zorzenon ou Zorzenoni encontrei as seguintes armas:

“D'argento al leone armato e coronato d'oro.”

Ou seja:
“Em campo prata exibe-se um leão em ouro armado e coroado”.


Conforme figura:

Elvio Zorzenon - Nato ad Aquileia nel 1939, ha conseguito il diploma presso l'Istituto statale d'Arte a Trieste, vive e lavora a Fiumicello. E' attivo con mostre personali e collettive nazionali ed internazionali.
Le opere di Zorzenon in biblioteca MARIANO. Sarà inaugurata domenica, a Mariano, alle 11.30, nella biblioteca comunale, la mostra personale di Elvio Zorzenon intitolata "Gli arazzi dell'anima".L'iniziativa culturale è stata organizzata dall'amministrazione comunale in collaborazione con la biblioteca e prosegue il ciclo di mostre di pittura, scultura e oggetti di legno proposte nel 2008 a Mariano.Interverranno al "vernissage" dell'esposizione, oltre all'artista, la presidente della biblioteca, Gigliola Pecorari, il sindaco di Mariano, Adriano Nadaia, e il critico d'arte Franco Savadori.
Elvio Zorzenon è nato ad Aquileia nel 1939, ha conseguito il diploma all'Istituto statale d'arte a Trieste e attualmente vive e lavora a Fiumicello. Sugli aspetti più significativi dell'universo artistico di Zorzenon si sofferma il critico Savadori: "La vivacità creativa e l'accurata scelta dei toni e degli accostamenti cromatici - sottolinea - sono caratteristiche riscontrabili in tutte le sue opere, scaturite da uno spirito che, pur essendo passato attraverso varie vicissitudini, ha saputo conservare fiducia nell'esistenza, permettendogli di manifestare apertamente la sua innata vocazione artistica. Il linguaggio pittorico di Elvio Zorzenon non è assolutamente condizionato da formule o schemi standardizzati, ma riflette l'esigenza di rinnovarsi continuamente".
La mostra resterà aperta fino a venerdì 26 settembre con il seguente orario: lunedì, mercoledì e venerdì dalle 16 alle 19 e domenica dalle 10 alle 13. (m.s.)sito del comune di Fiumicello


Interviene il consigliere Roberto Zorzenon per avere chiarimenti sulle stime delle aree. Risponde il Sindaco chiarendo che 180 euro al metro quadrato sono quelli che il comune chiede quanto monetizza un’area. Per un’area da urbanizzare esterna al centro di Cervignano invece si chiedono 50 euro metro quadrato. La stima tiene conto di vari elementi per formulare questi valori. Il consigliere Roberto Zorzenon si domanda se un prezzo così basso per la stima di un’area da urbanizzare non sia dettato da interessi politici.
Il Sindaco pone in votazione la proposta di vendere le aree in lotti votando i lotti uno alla volta e con voti favorevoli ed unanimi resi per alzata di mano la proposta viene approvata.
Si approvano poi una per una le proposte di vendita dei vari lotti. Mette in votazione la proposta di vendita del lotto n. 1 e con voti favorevoli n. 11 contrari n. 7 (Rigotto, Balducci, Candotto, Covella, D’Alì, Dal Bello, Zorzenon ) resi per alzata di mano – viene approvata. Mette in votazione la proposta di vendita del lotto n. 2 e con voti favorevoli n. 11 contrari n. 7 (Rigotto, Balducci, Candotto, Covella, D’Alì, Dal Bello, Zorzenon ) resi per alzata di mano – viene approvata.
Mette in votazione la proposta di vendita del lotto n. 3 e con voti favorevoli n. 11 contrari n. 7 (Rigotto, Balducci, Candotto, Covella, D’Alì, Dal Bello, Zorzenon ) resi per alzata di mano – viene approvata. Mette in votazione la proposta di vendita del lotto n. 4 e con voti favorevoli ed unanimi resi per alzata di mano la proposta viene approvata. (...)
COMUNE DI CERV IGNANO DE L FRIUL I
PROVINCIA DI UDINE
Verbale di deliberazione del CONSIGLIO COMUNALE
Registro delibere di Consiglio Comunale COPIA N. 53
2007 il giorno 23 del mese di agosto

Arte Video, azienda situata nella città Stellata, fornisce servizi di Authoring DVD (creazione del primo master su Digital Linear Tape per la replicazione) per le più famose case di produzione cinematografica Italiane. Tra i principali clienti annovera Dolmen, General Video Recording, Cecchi Gori Home Video, Mikado Film, Medusa Video, E-Mik, PlayPress Pubblishing, Federal Video, Panini e Delta Home Video.
Fondata nel 1993 dagli attuali soci Giuseppe Tissino e Claudio Zorzenon, Arte Video è un’azienda in costante sviluppo, dedicata fin dalla sua nascita alle produzioni di elevata qualità.
Presente sul mercato fin dal 1994 con sistemi di produzione digitale, nel 1997 Arte Video inizia ad affermarsi nel settore delle produzioni DVD con i primi sistemi di Authoring, specializzandosi ora con postazioni dedicate e softwares tra i più evoluti, come il Sonic SCENARIST PRO (The Hollywood standard in DVD). L' impegno costante nella gestione ottimale delle immagini si è ulteriormente rafforzato grazie ai sistemi digitali non compressi in SD (Standard Definition) e HD (High Definition) ed alla elevata qualità delle stazioni di grafica 3D curate da alcuni anni da Mitja Ambrozelj.
Nel 2003 l’azienda entra a far parte dell’UNIVIDEO, Unione Italiana Editoria Audiovisiva.
Arte Video snc di Claudio Zorzenon e Giuseppe TissinoContrada Villachiara, 30/H - 33057 – Palmanova (UD).
O sobrenome familiar italiano Zorzenon foi classificado como sendo um patronímico, entende-se pôr patronímico (do grego patronymykós), relativo à (ou que indica), o nome dos pais. Vem de "Patronymykós", composto de "Pater", pai + "onima", nome (Nome do pai).
Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do prenome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome).
Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas, pelos levantamentos executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes sejam classificados em patronímicos ou matronímicos. Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.
Os patronímicos representam a grande maioria deste grupo, isto é, se originaram do nome do paterfamilia, ou seja, do patriarca medieval, na verdade, o sobrenome só se fixou a partir da segunda geração, os filhos do patriarca eram designados com a expressão latina Filius Quondam ou simplesmente como Filius.
No caso em estudo temos a palavra Zorzenon, forma dialetal regional apocopada (reduzida) para Zorzenoni, esta sendo a forma plural de Zorzenone, um nome próprio derivado da junção feita entre a variação Zorzo e o sufixo -eno e –one, entre os italianos o uso de palavras duplamente sufixadas fora bastante comum, neste caso o primeiro sufixo não apresenta um significado aparente o segundo seria uma espécie de diminutivo, porem em conjunto como a variação zorzo acabo se tornando um nome próprio.
Zorzo foi uma variante setentrional de Giorgio cujas origens etimológicas remontam ao nome próprio grego Gheórghios, derivado de gheorgós (agricultor, cultivador da terra). Latinizado em Georgius, evolui para o italiano Giorgio.
Atualmente (2000) forma Zorzenon aparece distribuída em algumas regiões italianas diversas porem se concentra mais na região do Friuli (Venezia) onde acredita-se tenha se formado.
Desta forma, entre os séculos VIII e XV, pois foi neste período que 90% dos sobrenomes se formaram, alguém cujo nome fora Zorzenone, teve um filho o qual foi então conhecido em algo como "Fulano Filius Zorzenone", ou seja, "Fulano filho do Sr. Zorzenone", o filho deste, ou melhor, neto do patriarca original simplesmente se utilizou do termo após o primeiro nome como forma de se identificar como descendentes daquele Sr., sendo conhecido então como "Sicrano Zorzenone”, o repasse do termo de geração em geração acabou por transformá-lo em um sobrenome familiar.
Posteriormente, para se identificar um clã familiar teria surgido à forma plural, em italiano a frase “Família dos Zorzenones” fica “Famiglia dei Zorzenoni”, os que se utilizaram desta nova forma deram origem a este ramo familiar, a forma reduzida Zorzenon nada mais foi do que uma alteração grafia ocorrida por influencias dialetais com as quais parte desta família tivera contato.

Zorzenon, Zorzenone, Zorzenoni - Tutti rari, Zorzenon è tipico del goriziano, Zorzenone dell'udinese, Zorzenoni sembra avere un ceppo triestino ed uno veneziano, derivano da modificazioni dialettali del nome Giorgione.
Zorzenon

Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na Antigüidade, dizem os especialistas que o primeiro povo conhecido a se utilizar de sobrenomes foram os chineses.
Entre as historias mais famosas distingue-se a do imperador Fushi que decretou o uso de sobrenomes (ou nomes de família) no ano 2850 a.C.
Os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele, pela historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o inicio da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi uma forma de se identificar um grupo familiar em especifico, porem, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.
O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.
O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.
Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção.
Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas pôr autoridades, mas sim o surgimento de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja, após o ano 701 d.C.
Na Inglaterra, por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Santa Madre Paulina (Amabile Visintainer)


Amabile Lucia Visintainer, hoje Santa Madre Paulina, nasceu aos 16 de dezembro de 1865 em Vigolo Vattaro, Valsugana - Trento (na época, região austríaca do Südtirol). Era a segunda filha de Napoleone Visinainer e Anna Pianezzer, ambos camponeses.


Com nove anos de idade, em setembro de 1875, a família Visintainer emigrou para o Brasil com demais famílias trentinas, com destino a então Província de Santa Catarina, para a colônia Vataro (hoje município de Nova Trento).


Em 1887 falece sua mãe e ela assume, com apenas onze anos, os cuidados dos irmãos e do pai, até seu pai contrair novo casamento. Com doze anos de idade já participava ativamente do apostolado paroquial, atuando no catecismo aos pequenos, visitas aos doentes e limpeza da Capela de Vigolo.


O zelo pelos mais necessitados foi um indício de sua vocação assistencial. No dia 12 de julho de 1890, junto de sua amiga Virginia Rosa Nicolodi, acolheu uma doente de câncer em fase terminal, dando início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A congregação foi aprovada pelo Bispo de Curitiba, Dom José de Camargo Barros, aos 25 de agosto de 1895.


Em dezembro de 1895, Amabile e as duas primeiras companheiras (Virginia Nicolodi e Teresa Anna Maule) fizeram seus votos religiosos e Amabile recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. A vida regrada nos princípios cristãos atraíram muitas vocações para a congregação que, em meio às dificuldades, continuava a prestar assistência aos mais necessitados.


Em 1903, Madre Paulina foi eleita Superiora Geral por toda a vida pelas Irmãs da nascente congregação. Deixou Nova Trento e estabeleceu-se em São Paulo, no Bairro Ipiranga, onde se ocupou de crianças órfãs, filhos dos ex-escravos e dos escravos idosos e abandonados. Em 1909 foi deposta do cargo de Superiora Geral pelo Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, e enviada a trabalhar com os doentes da Santa Casa e os velhinhos do Asilo São Vicente de Paulo em Bragança Paulista, sem poder nunca mais ocupar algum cargo na sua Congregação. Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e pelo sofrimento: tudo feito e aceito para que a Congregação das Irmãzinhas fosse adiante e "Nosso Senhor fosse conhecido, amado e adorado por todos em todo o mundo".


Em 1918, com o consentimento de Dom Duarte, foi chamada pela Superiora Geral, Madre Vicência Teodora, sua sucessora, à "Casa Madre" no Ipiranga, e aí permaneceu até a morte, numa vida retirada, tecida de oração e assistência às Irmãs doentes, sendo também fonte de informação para a história da Congregação.


Como "Veneranda Madre Fundadora" foi colocada em destaque por ocasião do Decreto de Louvor concedido pela Santa Sé à Congregação das Irmãzinhas aos 19 de maio de 1933 e na celebração do cinqüentenário da fundação, aos 12 de julho de 1940, quando Madre Paulina fez o seu testamento espiritual: "Sede bem humildes, confiai sempre e muito na Divina Providência; nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários. Novamente vos digo: confiai em Deus e em Maria Imaculada; permanecei firmes e adiante!".


A partir de 1938, Madre Paulina começou a acusar graves distúrbios porque doente de diabetes. Após duas cirurgias, nas quais sofreu amputação do dedo médio e depois do braço direito, passou os últimos meses vítima da cegueira. Morreu aos 9 de julho de 1942; e suas últimas palavras foram: "seja feita a vontade de Deus". Sua vocação religiosa marca a "Veneranda Madre Fundadora" como uma religiosa na qual se podem admirar as virtudes teologais, morais, religiosas em grau eminente ou heróico. Fé profunda e confiança ilimitada em Deus, amor apaixonado à Eucaristia, devoção terna e filial à Maria, devoção e confiança no "nosso bom Pai São José" e veneração pelas autoridades da Igreja, religiosas e civis. Caridade sem limites para com Deus, traduzidas em gestos de serviço aos irmãos mais pobres e abandonados.


Toda vida de Madre Paulina pode ser resumida no título que o povo da então colônia Vigolo lhe dava: "enfermeira", isto é, ser-para-os-outros ou "toda de Deus e toda dos irmãos" como rezam, hoje, os seus devotos e suas Irmãzinhas. Humildade, que levou Madre Paulina ao aniquilamento de si mesma para que a Congregação fosse adiante. A página mais luminosa da santidade e da humildade de Madre Paulina foi escrita pela conduta que teve quando Dom Duarte lhe anunciou a sua deposição: "Se ajoelhou... se humilhou... respondeu que estava prontíssima para entregar a Congregação... se oferecia espontaneamente para servir na Congregação como súdita".


Esta primeira Santa do Brasil, uma trentina de Vigolo Vattaro, foi beatificada pelo Papa João Paulo II aos 18 de outubro de 1991, em Florianópolis, Estado de Santa Catarina, Brasil.
O Circolo Trentino di São Paulo tem Santa Madre Paulina como sua patrona e exemplo de trabalho, dedicação e fé do povo trentino.


O site das Irmãzinhas da Imaculada Conceição é este: http://www.ciic.org.br
Castelo Tirol: Patrimônio tirolês no Südtirol





Quando citamos o Tirol, costumamos nos lembrar da região montanhosa pertencente à Áustria. Porém, boa parte do Tirol fica em território italiano, na Região Autônoma Trentino-Alto Adige/ Südtirol. Alto Adige, ou seja, o Südtirol (Tirol meridional) é um nome novo para a província de Bolzano e deve seu nome por causa da província se localizar na parte alta do Vale do Rio Adige (Etsch).



Na Idade Média o nome ladino de um castelo, localizado na cidade de Merano (Meran), no Südtirol, deu nome à toda a região: Tyrol. Construído no alto de um rochedo, o imponente castelo medieval abriga hoje as ruínas de uma igreja paleo-cristã, que ninguém sabe ainda ao certo como foi construída naquele lugar de acesso tão difícil para sua época.


No século X, o Principado do Tirol já era um dos mais importantes principados do Sacro Império Romano-Germânico de Carlos Magno que, juntamente com o Principado de Trento, formavam o Condado Episcopal do Tirol. O Principado Episcopal de Trento era um antigo Estado eclesiástico que existiu por cerca de oito séculos (de 1027 a 1802) no território da atual região italiana do Trentino-Alto Ádige. No início do século XIX, foi secularizado e englobado administrativamente ao Tirol, condado do Império Austríaco, do qual já fazia parte como entidade autônoma.
No século XI, o governo tirolês passou a ser dividido entre os tradicionais príncipes-bispos e condes do Tirol, proeminentes de famílias nobres. A partir deste evento, a região passou a ser formada pela Confederação do Tirol.



Em meados do século XIII, boa parte da província pertencia à Casa de Habsburg (casa imperial da Áustria), tornando-se parte do império Austro-húngaro. Deste modo, a jurisdição episcopal diminuiu, embora muitos territórios eclesiásticos foram mantidos e podiam ser encontrados na região até 1803, como o Principado Episcopal de Bressanone (Brixen), no Südtirol.
Atualmente o castelo Tirol abriga um interessante museu sobre a história, hábitos e cultura da região tirolesa.


O Dialeto Trentino




Ti te pàrli tirolés?


O dialeto trentino é um dialeto antigo, pertencente ao contexto dos dialetos itálicos da área alpina. A noção de dialeto trentino é relativamente recente; antigamente, o dialeto era chamado tirolés ou também taliàn , para diferenciar o dialeto trentino do tirolês alemão (tirolerisch), falado no Südtirol e no Nordtirol.


A região alpina trentina fora em meados de 390 a.C. um ponto de encontro entre os falares réticos e gauleses. Durante o período romano, a região alpina era território pertencente aos celtas (Galia Cisalpina) e aos Réticos, que foram na época do Imperador Augusto totalmente romanizados. Do latim popular falado por aqueles povos (com as influências de suas línguas pré-romanas), surgiu o antigo ladino (ladin), que se estendia por boa parte do atual Trentino, tendo sido a língua corrente nessa região da Galo-românia.



Esse antigo substrato ladino sofreu, primeiramente, diversas influências germânicas (por conta das sucessivas invasões de ostrogodos, francos, longobardos e baiuvares) que se espalharam no falar de toda a região setentrional italiana. Posteriormente, ocorreu o processo de "italianização" do ladino, ocasionado primeiramente pelo lombardo (do subgrupo galo-itálico) e posteriormente pelo vêneto, ambos dialetos itálicos.



Além da influência vêneta e lombarda, os séculos de história com a Áustria e o estreito contato cultural e lingüístico com a população de língua alemã ao norte, proporcionou um considerável influxo de vocábulos alemães no dialeto.



No Brasil, o dialeto trentino é ainda a língua corrente em várias áreas coloniais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Existem variantes dialetais trentinas, que remetem aos locais de origem dos primeiros emigrantes. Em muitos locais, por conta da colonização conjunta com vênetos ou italianos de demais áreas, surgiram variantes próprias, “misturadas” e que se tornaram dialetos que já podem ser considerados brasileiros, como o talian , a língua dos vênetos do Rio Grande do Sul.



Existem poucos estudos sobre o dialeto trentino no Brasil, mas cada vez mais os pesquisadores têm dado interesse pela realidade linguística dos trentinos, que preservam dialetos arcaicos, mantidos desde o final do século XIX e que se modificaram em vários gruas em seus locais originais.



Eis alguns ditados em dialeto trentino, expressões da vida nas montanhas guardados há séculos pela sabedoria popular, transcritos pelo Sr. Everton Altmayer, Diretor de Cultura do CTSP e pesquisador de dialetologia trentina pela Universidade de São Paulo.



El san ‘l völ zénto róbe, el malà na söla.

(o são deseja cem coisas, o doente apenas uma)



Se te vöi savér la veridà, vài al pù pìcol de la ca.

(se queres saber a verdade, pergunte ao menor da casa)



A tüti ghe piàze vedér ei màti ntéla piàza, bàsta che ei no sìa de la so ràza.

(a todos agrada ver os loucos na praça, desde que não sejam os de sua família)



Se ciàpa pù òmini co' na góza de vin che con en barìl de lat.

(juntam-se mais homens com uma gota de vinho que com um barril de leite)




Carnaval: uma festa popularizada em Trento





A história do Carnaval é bem mais antiga do que se imagina. Estima-se ter seu inicio há cerca de 6.000 anos atrás no Egito Antigo, em honra da deusa Isis: as primeiras celebrações eram de agricultores em volta das fogueiras, com danças e música. Do contato entre a cultura egípcia e grega, a cultura helena recebeu influências egípcias que evoluíram seus rituais, acrescidos da bebida e do sexo nos cultos ao deus Dionísio (em Roma chamado Baco), o deus do vinho, onde eram usadas máscaras nas conhecidas celebrações dionisíacas. Na Roma Antiga, os bacanais, saturnais e lupercálias festejavam os deuses Baco, Saturno e Pã.


Posteriormente, com a cristianização da Europa, os cristãos trataram de acabar com os cultos pagãos. Com a criação das dioceses, muitas das festas populares mantiveram-se mesmo com a proibição da Igreja; como não foram extintas, foram cristianizadas e recebeu o nome de carnaval pelo fato de se poder comer carne antes da Quaresma (carne vale > carnevale > carnaval). Durante a Idade Média e Renascença o carnaval era festejado com banquetes, onde as pessoas também usavam máscaras.


Vale lembrar que o Papa Paulo II contribuiu para a sua evolução ao introduzir o baile de máscaras, quando permitiu que em frente ao seu palácio se realizasse o carnaval romano. Essa tradição ficou muito conhecida pelo Carnaval de Veneza, mas existe em boa parte da Europa. Como a Igreja bania os “atos pecaminosos”, aos olhos do povo a festa fugia das reais origens como o festejo pela alegria e pelas conquistas. Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Nos Alpes se encontram alguns dos mais antigos costumes da festa.
No Trentino existem diversos sentidos para o carnaval, cada um com suas características e personagens próprios. Em Palù (Val Fersina), os personagens do carnaval de Val dei Mòcheni são o velho e a velha (bècio e bècia), e o oiertrógar, que visitam as casas da aldeia ordenando as tortas e recolhendo informações do testamento com suas máscaras pretas numa festa que dura dois dias. No dia seguinte percorrem o mesmo itinerário realizando uma peça teatral na praça central da cidade, com a leitura dos testamentos (humorizado), a semeação augural e danças. Ao anoitecer queimam a corcunda do velho e os testamentos.


Em Bagolino-Ponte Càffaro , município de fronteiras com Brescia e Trento, existem os Balarì, que acompanhados pelos Sunadùr (violinos e viola baixa) realizam danças cerimoniais carnavalescas, e os Mascher , dançarinos em roupas muito coloridas, com máscaras que lembram as do carnaval de Veneza. Nos vales ladinos existem os Marascóns , de Val di Fassa.


A religiosidade popular conseguiu unir as antigas festas pagãs celtas e romanas com a fé Cristã. O Brasil é conhecido como o "país do carnaval" e, como bons brasileiros, devemos conhecer um pouco sobre essa festa que contagia pessoas de diversas partes do mundo.